Tomás explica: Porque as verdades inacessíveis à investigação da razão foram convenientemente propostas aos homens para a fé
4 setembro, 2012 1 Comentário
Michelangelo (1475-1564), O profeta Ezequiel (1510), Capela Sistina
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1. Pareceu a alguns que não se devia propor aos homens como de fé as verdades que a razão não é capaz de descobrir, visto que a sabedoria divina providencia para cada coisa o que lhe cabe, segundo a natureza das coisas. Por tal, deve-se provar que foi necessário ter-se proposto ao homem, como de fé divina, também as verdades que excedem a capacidade da razão.
2. Nenhum desejo ou cuidado se dirige para uma coisa se esta não for previamente conhecida. Ora, os homens estão ordenados pela providência divina para um bem mais elevado que o capaz de ser experimentado pela fragilidade humana da presente vida, como após se verá. Devido a isso, foi conveniente que a mente fosse atraída para algo mais alto que o atingido no presente pela nossa razão, de modo que esta aprendesse a desejar algo que excedesse totalmente o estado da presente vida, e se esforçasse para procura-lo.
Isto pertence propriamente à religião cristã, que promete de modo especial os bens espirituais e eternos. Daí o serem propostos por ela muitos bens que excedem a percepção humana. A lei antiga, que prometia bens temporais, propôs umas poucas verdades que excedem o conhecimento da razão humana.
Também os filósofos, com este intento, procuraram mostrar que há bens mais valiosos que os sensíveis, a fim de levarem os homens, desde os prazeres sensíveis, para a honestidade. Ora, com o gozo destes bens mais valiosos deleitam-se muito mais suavemente os que praticam as virtudes, tanto da vida ativa quanto contemplativa.
3. Foi também necessário terem sido tais verdades propostas à fé dos homens, para que estes tivessem um conhecimento mais veraz de Deus. Com efeito, só conhecemos verdadeiramente Deus quando cremos que ele está acima de tudo aquilo que é possível ser pensado a respeito de Deus pelo homem, dado que a substância divina eleva-se acima do conhecimento natural do homem, como já foi dito acima (cap. 3). Por isso, pelo fato de que são propostas ao homem verdades a respeito de Deus que excedem a razão, firma-se no homem a opinião de que Deus é algo acima de tudo aquilo que se possa pensar.
4. Disto vem também para o homem uma utilidade, qual seja o afastamento da presunção, que é a mãe do erro. Há muitos, de fato, tão presunçosos da sua capacidade mental que julgam abarcar toda a natureza das coisas pelo seu intelecto, e pensam que tudo que vêem é verdadeiro e falso o que não vêem. Para que, pois, o espírito humano, libertado desta presunção, se aproximasse da molesta investigação da verdade, necessário foi proporem-se ao homem algumas verdades divinas que lhe excedessem o intelecto.
5. Encontra-se uma outra utilidade no que narra o Filósofo (X Ética). Um certo Simônides, desejando persuadir os homens a que abandonassem o conhecimento das coisas divinas e aplicassem a razão só às coisas humanas, dizia-lhes: “Basta ao homem saber as coisas humanas, e ao mortal, as coisas mortais”. Contestava-o o Filósofo, então: “O homem deve, na medida do possível, elevar-se às coisas imortais e divinas”. Afirma o mesmo que embora pouco captemos das substâncias superiores, contudo, este pouco é mais amado e desejado que todo o conhecimento que temos das substâncias inferiores.
Escreve ainda que, apesar de as questões sobre os corpos celestes serem explicadas limitada e superficialmente, isto traz para o leitor imensa alegria.
Conclui-se, pois, do que dissemos, que por mais imperfeito que seja o nosso conhecimento das coisas sutilíssimas, ele traz para a alma a máxima perfeição.
6. Conclui-se, finalmente, que não obstante a razão humana não poder compreender plenamente as verdades que estão acima de si, contudo, ela adquire grande perfeição se ao menos as admite pela fé.
7. Por isso, é dito no livro do Eclesiástico: “Muitas coisas apresentadas estão acima da razão humana (3, 25), e, na primeira carta aos Coríntios: A nós, no entanto, Deus revelou pelo seu Espírito (2, 11).
SCG, Livro1, Cap.5
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Ser homem…
Por Paulo R. Bobsin.
É isso mesmo, ser homem.AH!Mas isso é um desrespeito as mulheres, dirão os menos avisados, a considerar
que em tempos da politização do gênero deveríamos bem diferenciar homens de mulheres, e que o uso
genérico desigativo de homens com H, para nomear toda a humanidade seria forma ideológica de
exclusão social capitalista, pois existem os homens e as mulheres, e por causa de minhas convicções
reacionárias eu estaria de forma abjeta preterindo as mulheres em função de um machismo que
a mera utlização desse termos genérico já serviria de fundamentação para a inegável suposição
da presença real disso em mim.
Ao contrário do que possa pensar a distorcida mentalidade dos que assim insistem em delirar, penso que
uma das realizaçães mais importantes ao longo da vida de um homem é a atitude de honra, coragem e
dignidades que as sociedades antigas deixavam de exigir das mulheres mas que não viam com bons olhos
quando tais atributos faltavam nos homens.
Por exemplo, não era exigido das mulheres que elas enfrentassem as guerras, ou tivessem a responsabilidade
de arcar com as despesas dos filhos, de forma alguma era exigido delas a mesma coisa que era exigido
dos homens.Claro que havia discriminação de várias formas, mas isso não retira a verdade do fatos de que
juntamente com isso havia uma maior exigência quanto a o que era necessário para um homem poder
fazer jus a esse designativo de gênero.
De forma completamente nonsense toda essa realidade incontestável de que sobre os homens repousava
a exigência de uma condição mínima para que pudesse se considerar que o sujeito, por assim dizer, honrava
as causas que usava, simplesmente desaparece e em seu lugar, juntamente com a luta ideológica feminista
diminui o nível de exigência social para que o homem pudesse fazer jus a diferenciação que permitia
distinguir os homens das mulheres, dito de outra forma, a sociedade moderna esta assitindo morrer
a antiga masculinidade em um processo constante de feminilização progressiva da sociedade.
Surje então o ideal da homogenização dos gêneros como bandeira ideológica não apenas como defesa contra injustiças reais
que as mulheres estivessem sofrendo mas como nova forma de interpretação do gênero sexual,
mesmo que a natureza concreta, desde a própria realidade física do corpo humano imponha naturalmente
uma diferença entre os corpos masculino e feminino.
Essa suplantação da atitude realista pela atitude ideológica de indiferenciação dos gêneros masculino e feminino, onde
a orientação pseudo-intelectual é a busca de reformar o gênero
masculino e a implementação do ideal de libertação feminino não se
esgota
com a conquista feminina dos vários direitos que antes de fato não possuiam, tais como direito de trabalhar assalariadamente,
direito de voto, direito de não ser tratada com inferioridade.Mesmo com tais conquistas a chama ideológica da homogenização
progressiva da sociedade está sempre sendo realimentada pela constante reafirmação da natureza dominadora e injusta
do gênero masculino.Interessante que aqui tais ideologias fortes em defender a desnaturalização do ser humano
usem exatamente aquilo que negam para fundamentar a necessidade da manutenção perene da “luta de gêneros”,não
é preciso ir muito longe para perceber que o efeito nefasto advém de uma escolha equivocada e deformada ao diferenciar entre si
dois elementos de um mesmo gerero,homem/mulher , sem antes ter determinado que elementos são comuns a ambos
os gêneros e que mereceriam continuar validos para avançar na investigação sob risco, de caso contrario, no final termos
em mãos apenas a descrição relativa de fatos sociais misturados a nossas invenções , mas que não guardam mais
conexão alguma com o objeto a ser investigado.No caso do ser humano Aristóteles nos ensina que “ (…)a característica especifica do
homem em comparação com os outros animais é que somente ele tem o sentimento do bem e do mal, do justo e
do injusto e
de outras qualidades morais, e é a comunidade de seres com tal
sentimento que constitui a família e a cidade.” (Política, I, 1253b,
15).
Essa assertiva
aristotélica é irremediável quando se quer usar de honestidade
intelectual e em nada ele é excludente pois estabelece que ,
para ambos os sexos, a
falta da capacidade de discernimento entre o bem e o mal, do justo e do
injusto,assim como de outras qualidade morais, a falta desses atributoss
morais aproxima os homens de bestas selvagems e fundamenta a proposição
de que quem não possui tais atributos moraiserdad
não honra as
calças, assim como da mesma forma , mulheres que não tem atributos
morais, não honram a “luta” feminista “por valores”.
Na sequência razoável é acreditarmos que a defesa de tais valores e a consideração deles é condição si ne qua nom para a defesa
de outros valores,
se o próprio feminismo não se basear nessa luta pela defesa desses
valores é então apenas uma imitação falseada
de evolução quando na verdade estará sendo, sem esses valores, abandono da propria condição humana que nos distingue das bestas;
e se algum sentido
tiver a “luta contra o machismo” só o terá se antes for luta pela
manutenção desses valores morais inerentes tanto
aos homens quanto as mulheres.
Direitos reservados:Paulo Ricardo Bobsin
Date: Tue, 4 Sep 2012 11:01:42 +0000
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