Porta Fidei – “É possível cruzar este limiar…”

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O Chamado de São Pedro e Santo André (1603-06),

Michelangelo Merisi da Caravaggio (1571–1610)

Moto Proprio Porta Fidei – A porta da fé (proclama o Ano da Fé), 2011

Carta Apostólica do Sumo Pontífice Bento XVI

[Excertos]

1. A PORTA DA FÉ (cf. Act 14, 27), que introduz na vida de comunhão com Deus e permite a entrada na sua Igreja, está sempre aberta para nós. É possível cruzar este limiar, quando a Palavra de Deus é anunciada e o coração se deixa plasmar pela graça que transforma. Atravessar esta porta implica embrenhar-se num caminho que dura a vida inteira. Este caminho tem início no Baptismo (cf. Rm 6, 4), pelo qual podemos dirigir-nos a Deus com o nome de Pai, e está concluído com a passagem através da morte para a vida eterna, fruto da ressurreição do Senhor Jesus, que, com o dom do Espírito Santo, quis fazer participantes da sua própria glória quantos crêem n’Ele (cf. Jo 17, 22). Professar a fé na Trindade – Pai, Filho e Espírito Santo – Leia mais deste post

OBRIGADO, QUERIDO BENTO XVI!

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Católicos de todo o mundo lançam campanha de agradecimento ao Papa Bento XVI no Twitter

REDAÇÃO CENTRAL, 20 Fev. 13 (ACI) .- Diversos fiéis católicos apresentaram a iniciativa de uma campanha massiva de agradecimento ao Papa Bento XVI na rede social Twitter, programada para em 27 de fevereiro, um dia antes de que se faça efetiva a renúncia do Santo Padre ao ministério petrino.

Quem deseje unir-se à campanha deste 27 de fevereiro poderão publicar no Twitter mensagens de apoio e agradecimento ao Santo Padre junto ao hashtag (etiqueta) #ObrigadoBentoXVI, com a expectativa de que se converta em trend topic (tópico tendência) na rede social.

A partir de 28 de fevereiro, conforme informou a Santa Sede, ao mesmo tempo da renúncia do Papa Bento XVI, as contas nove contas do Santo Padre, que incluem idiomas como o inglês, árabe, latim, italiano e espanhol (@Pontifex_pt), ficarão suspensas até a eleição do novo Papa.

Até a data, o Santo Padre superou os 2,8 milhões de seguidores nesta rede social e foi o primeiro pontífice a estar presente neste ambiente considerando as redes sociais como portais de verdade e de fé em sua última mensagem pela Jornada Mundial das Comunicações Sociais em janeiro deste ano.

 

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A voz do Papa (em português)

Mensagem de Natal do Papa Bento XVI em português. Clique na imagem ao lado para escutar (1 min. 54 seg).

Escute também as belas palavras do Papa João Paulo II (em italiano) acompanhadas do Pai-nosso cantado em latim acessando, no menu acima, a página “A voz do Papa”.

 

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Tomás responde: Cabe ao Sumo Pontífice estabelecer o símbolo da fé?

Parece que não cabe ao Sumo Pontífice estabelecer o símbolo da fé:

1. Com efeito, uma nova apresentação do Símbolo é necessária para explicação dos artigos de fé, como já se disse (art. precedente). Ora, no Antigo Testamento, os artigos de fé foram cada vez mais explicados, no correr dos tempos, e a verdade da fé mais se manifestava quanto maior a proximidade de Cristo. Tal motivo não mais existe na nova Lei: os artigos de fé não devem, pois, receber novas explicações. Logo, parece não competir à autoridade do Sumo Pontífice uma nova apresentação do Símbolo.

2. Além disso, o que foi interdito, sob pena de anátema, não depende do poder de homem algum. Ora, a autoridade da Igreja Católica interditou, sob pena de anátema, a publicação de novo Símbolo. Dizem as atas do primeiro concílio de Éfeso que este Concílio, “Uma vez lido o Símbolo de Nicéia, decretou que não seria permitido a ninguém professar, subscrever ou compor outra fé, além da definida pelos Santos Padres, reunidos em Nicéia com o Espírito Santo”. Segue-se a pena de anátema. A mesma coisa é repetida nas atas do Concílio de Calcedônia. Logo, parece que uma nova apresentação do Símbolo não cabe à autoridade do Sumo Pontífice.

3. Ademais, Atanásio não foi Sumo Pontífice, mas patriarca de Alexandria e, contudo, constituiu um Símbolo que é cantado na Igreja. Logo, a publicação de um Símbolo não parece pertencer ao Sumo Pontífice mais do que a outros.

EM SENTIDO CONTRÁRIO, a publicação do símbolo foi feita em concílio geral. Mas, um concílio só pode reunir-se sob a autoridade do Sumo Pontífice como está estabelecido nos Decretos. Logo, a publicação do Símbolo cabe à autoridade do Sumo Pontífice.

 

Como já explicamos (artigo precedente), uma publicação nova do Símbolo é necessária para evitar erros que surgem. Tem autoridade para fazê-lo quem pode determinar em última instância o que é de fé, para que todos possam a ela aderir de maneira inabalável. Isto, porém, é da alçada do Sumo Pontífice a quem são deferidas as maiores e mais difíceis questões da Igreja, como se diz nos Decretos de Graciano. Por isso, o Senhor, no Evangelho de Lucas, disse a Pedro a quem constituiu Sumo Pontífice: “Eu rezei por ti, para que tua fé não desfaleça; e tu, depois de convertido, confirma os teus irmãos” (22, 32). E a razão disso é que toda a Igreja deve ter a mesma fé, seguindo a recomendação da primeira Carta aos Coríntios: “Dizei todos as mesmas coisas e não haja divisões entre vós” (1, 10). Ora, isso não poderia ser observado, se uma

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Catequese do Papa: São Tomás, mestre de vida também agora

Francisco Bayeu y Subías (1734-1795), Santo Tomás de Aquino vencendo aos hereges

Queridos irmãos e irmãs:

Hoje eu gostaria de completar, com uma terceira parte, minhas catequeses sobre São Tomás de Aquino. Apesar dos mais de 700 anos de distância da sua morte, podemos aprender muito dele; isso foi recordado também pelo meu predecessor, o Papa Paulo VI, quem, em um discurso pronunciado em Fossanova, no dia 14 de setembro de 1974, por ocasião do 7º centenário da morte de São Tomás, perguntava-se: “Mestre Tomás, o que você pode nos ensinar?”. E respondia assim: “A confiança na verdade do pensamento religioso católico, como ele defendeu, expôs, abriu à capacidade cognoscitiva da mente humana” (Ensinamentos de Paulo VI, XII[1974], p. 833-834). E, no mesmo dia, em Aquino, referindo-se sempre a São Tomás, afirmava: “Todos nós, que somos filhos fiéis da Igreja, podemos e devemos, ao menos em alguma medida, ser seus discípulos” (ibid., p. 836).

Participemos, também nós, da escola da São Tomás e da sua obra prima, a Summa Theologiae. Esta ficou incompleta e, contudo, é uma obra monumental: contém 512 questões e 2669 artigos. Trata-se de um raciocínio compacto, no qual a aplicação da inteligência humana aos mistérios da fé procede com clareza e profundidade, concatenando perguntas e respostas, nas quais São Tomás aprofunda o ensinamento que vem da Sagrada Escritura e dos Padres da Igreja, sobretudo de Santo Agostinho. Nesta reflexão, no encontro com verdadeiras perguntas da sua época, que frequentemente são perguntas nossas também, São Tomás, utilizando o método e o pensamento dos Leia mais deste post

Catequese do Papa: São Tomás de Aquino, o “Doutor Angélico”

“São Tomás de Aquino é proposto pela Igreja como mestre de pensamento e modelo quanto ao reto modo de fazer teologia!”

Segue texto mais completo que o de ontem, em português, e com as palavras do Papa em português aos peregrinos do Brasil e dos demais países lusófonos.

CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 2 de junho de 2010 (ZENIT.org).- Apresentamos, a seguir, a catequese dirigida pelo Papa aos grupos de peregrinos do mundo inteiro, reunidos na Praça de São Pedro para a audiência geral.

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Queridos irmãos:

Após algumas catequeses sobre o sacerdócio e minhas últimas viagens, voltamos hoje ao nosso tema principal, isto é, para a meditação sobre alguns grandes pensadores da Idade Média. Havíamos visto a grande figura de São Boaventura, franciscano, e hoje gostaria de falar daquele que a Igreja chama o Doctor communis: São Tomás de Aquino. Meu adorado antecessor, o Papa João Paulo II, em sua encíclica Fides et ratio, lembrou que São Tomás “sempre foi proposto pela Igreja como mestre do pensamento e modelo do modo certo de fazer teologia” (n. 43). Não surpreende que, depois de Santo Agostinho, entre os escritores eclesiásticos mencionados no Catecismo da Igreja Católica, São Tomás seja citado mais que qualquer outro, até 61 vezes! Foi chamado também Doctor Angelicus, talvez por suas virtudes, em particular a sublimidade de seu pensamento e a pureza de sua vida.

Tomás nasceu Leia mais deste post

TOMÁS DE AQUINO: ARMONÍA ENTRE FE CRISTIANA Y RAZÓN

Filippino Lippi, Triunfo de São Tomás de Aquino sobre os hereges. O filósofo está cercado por quatro figuras femininas que representam a filosofia, a astronomia, a teologia e  agramática (clique para ampliar)

Do Serviço de Informação do Vaticano, 02.06.2010:

CIUDAD DEL VATICANO, 2 JUN 2010 (VIS).-Benedicto XVI reanudó en la audiencia general de los miércoles, celebrada en la Plaza de San Pedro, las catequesis dedicadas  a los grandes santos de la Edad Media, hablando de Santo Tomás de Aquino, llamado el “Doctor Angélico” por la sublimidad de su pensamiento y pureza de vida”.

El Papa explicó que Tomás nació en torno al mil doscientos veinticinco en el seno de una familia noble, en Roccasecca (Italia), cerca de la Abadía de Montecasino. Siendo muy joven fue enviado a la Universidad de Nápoles, donde se interesó por primera vez por el pensamiento de Aristóteles y sintió la llamada a la vida religiosa.

En 1245 va a París para estudiar Teología bajo la guía de San Alberto Magno, que estima tanto a su alumno que le pide que lo acompañe a Colonia (Alemania) para la fundación de un centro teológico.

“Tomás de Aquino, a la escuela de Alberto Magno, llevó a cabo una operación de importancia capital para la historia de la filosofía y de la teología, así como de la historia y de la cultura -dijo el Papa- : estudió a fondo Leia mais deste post

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