A ditadura do relativismo
19 maio, 2014 1 Comentário
O relativismo ético impõe a renúncia às convicções próprias. Aquela que parece ser a ideologia da tolerância máxima não admite dissenção, e a ideologia da exaltação dos valores universais, que a síntese da máxima cooperação e integração entre as formas respeitosas de religião alcança, dá margem às maiores aberrações. Resenharemos apenas alguns exemplos dos últimos anos, entre os diversos que temos documentado.
A tirania do pensamento único, em nome da liberdade e dos direitos humanos, tem trabalhado para abolir a objeção de consciência na classe médica em relação ao aborto, à esterilização, à inseminação artificial, à eutanásia; pretende obrigar legalmente os seguros de saúde de associações católicas a fornecerem contraceptivos e abortivos e os hospitais católicos a fazerem abortos cirúrgicos e esterilizações. Como o governante ilustrado que concedia uma graça a seus súditos, são cridos registros de objetores de consciência, ainda que agrupar os profissionais de saúde dessa forma seja claramente discriminatório: “daí a colocar uma estrela amarela (ou “chip”, para poupar suscetibilidades) em seu avental não está muito longe”, diz Juan Manuel Valdes Molin, da Associação para a Defesa do Direito à Objeção de Consciência (ANDOC).
Os legisladores colonizados pela mentalidade relativista conseguiram fazer desaparecer e muitas leis o pátrio poder, os direitos e deveres dos pais de educar seus filhos segundo suas próprias convicções éticas e religiosas: o médico precisa de uma permissão dos pais para colocar um piercing ou fazer um buraco na orelha de uma adolescente, mas não para lhe entregar um contraceptivo ou um hormônio abortivo ou para a colocação de um DIU, ou mesmo para submetê-la a um aborto cirúrgico.
A nova ordem exige que a fé religiosa não tenha a menor visibilidade: uma comissária de bordo ou uma enfermeira que use uma cruz no pescoço ou que diga a um doente que rezará por ele perde o trabalho; assim, a nova ordem pretende remover as cruzes dos espaços públicos, incluindo os cemitérios dos veteranos de guerra; um padre é punido por tocar os sinos de sua igreja; organizam-se ataques contra a presença de crucifixos nas salas de aula e nos tribunais; proíbe-se, na época do Natal, a representação do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo nas praças, lojas e até mesmo no jardim de lares cristãos. Leia mais deste post
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