Deus e o índio de Mackenzie
23 janeiro, 2014 2 Comentários
Reproduzimos a seguir as palavras de Grouard, citadas por Foulquié, expressivas e de grandes sugestões. Pertencem ao livro “Souvenirs de mes soixant ans d’apostolat”:
« Um índio de Mackenzie disse-me um dia:
— Padre, antes de te ter visto, eu sabia que Deus existe.
— Como o sabias? Creio que fui o primeiro a te falar de Deus.
— Na verdade — retrucou — antes de ti, ninguém me havia falado nele, e contudo, eu sabia que há um Deus. Um dia, quando tinha catorze ou quinze anos, fui à caça com o meu arco e minhas flechas. Conhecia os bosques, os rios, os lagos por onde havia passado, buscando matar alguma caça. Nesse dia, no verão, cheguei à borda de um lago cercado de belas árvores. Patos desciam sobre a água, o sol brilhava no céu sem nuvens; lá longe, montanhas elevavam-se, em variadas alturas. Detendo-me, contemplei tudo isso com um imenso prazer. Subitamente, a idéia me veio: “Quem fez tudo isso? Não fomos nós, nem tampouco os ingleses, pois são homens semelhantes a nós. É preciso que haja alguém mais forte que todos os homens que tenha feito isso”. Vês — acrescentou o índio — eu sabia que essas florestas, esses lagos, esse sol, não haviam sido feitos por si sós. Eu não podia explicar-me mais corretamente. Mas, quando tu nos ensinaste: “Creio em Deus, Pai todo-poderoso, Criador do céu e da terra”, eu compreendi logo e disse a mim mesmo: “Ei-lo; eu sabia que ele existia”.»
Trecho de “O Homem Perante o Infinito (Teologia)”, de Mário Ferreira dos Santos.
Fonte: Blog do Yuri
Meu conhecimento teológico é pequeno. Essas pequenas histórias nos ajudam a firmarmos os passos na direção de Deus. Esta história é pura verdade, pois se formos no antigo testamento onde Deus diz a um profeta que colocaria na alma do homem o desejo, a vontade, a sede na busca Dele.
Obrigada, Regina.
Não posso deixar de acrescentar a este belo texto, a frase maravilhosa de Antoine de Saint-Exupéry: “A criação é de essência diferente do objeto criado. Evade-se dos sinais que deixa atrás de si, e nunca se lê em sinal algum”
Abraços
Heitor